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ÉTICA NO MARKETING DA INTIMIDADE

Na campanha recente, criada pela Leo Burnett Tailor Made, a THE NORTH FACE 'hackeou' a Wikipedia, substituindo fotos de locais de turismo de aventura por novas imagens com 'product placement' da marca.

Na sequência, produziu e divulgou um vídeo, comunicando sua proeza.

O 'benefício' para a marca foi a exposição gratuita de seus produtos, de forma subliminar, a todos os interessados por pontos turísticos de aventura.

Já que poderia ser feito, foi realizado. Esse espírito, de certa forma, traduz o posicionamento da marca para seu público aventureiro.

Por outro lado, a ação contraria o espírito (e as políticas) da Wikipedia.

A repercussão negativa foi pequena, mas suficiente para que a marca suspendesse a campanha e se desculpasse, alegando ignorância das regras da Wikipedia.

A agência também alegou desconhecimento (o que, convenhamos, não seria de se esperar de uma agência especializada) mas, segundo a matéria publicada pela Econsultancy, reforçou seu propósito de desenvolver soluções criativas para encontrar o consumidor onde ele estiver.

Não foi a primeira e nem será a última vez em que uma marca comete o que poderíamos caracterizar como um 'abuso' das possibilidades oferecidas pelo mundo digital.

Embora estejamos evoluindo no desenvolvimento da normatização do ecossistema (GDPR e LGPD são exemplos recentes), na era do Marketing da Intimidade, as questões éticas transcendem a legislação.

O consumidor esta disposto a abrir mão da privacidade para ser atendido de forma individualizada e ampliar seu conforto (vide 'mobile cocoon'). O ecossistema é essencialmente colaborativo e de arquitetura aberta, de forma a que todos possam contribuir para melhores experiências.

Desenvolver novas noções de 'respeito' e 'educação' para o mundo digital faz parte da curva de aprendizado, rumo à maturidade do processo de transformação digital.


Assista aqui o vídeo com a descrição da campanha,


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