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IBGC e a inovação nas organizações

Discutir o papel do Conselho da Administração na inovação das organizações foi a promessa do encontro realizado pelo IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - nesta semana, na sede do Santander, em São Paulo.

Patrícia Audi, VP executiva de Marketing do Santander, apresentou e moderou o encontro, que teve Sergio Rial, presidente do banco no Brasil, como palestrante e os conselheiros Inês Correa, Alvaro de Souza e Silvio Genesini como painelistas.

Pedro Rial - Presidente do Santander BR

O evento superou as expectativas ao transcender a proposta original e dialogar com os temas relacionados à inovação de forma a fugir do lugar comum.

Em sua palestra de abertura, Rial trouxe questões que considera fundamentais para que a inovação possa acontecer nas organizações, como a desconstrução da "persona" do executivo, o fim da diferenciação por idade e a necessidade de educação continuada.

A tecnologia como fachada de aparência inovadora foi alvo de crítica, na medida em que a verdadeira inovação, na opinião dos painelistas, estaria em novos processos e modelos de negócio, conciliando o legado com as oportunidades, de forma a gerar melhores resultados. O fluxo de caixa livre foi apontado como melhor indicador da saúde da organização.

"É importante que os profissionais possam atuar com sua excentricidade, desde que não colidam com os princípios fundamentais da organização, para que possamos ter uma cultura de inovação."

A incisiva moderação de Patricia conduziu a discussão para outros pontos cruciais, para os quais o conselho pode contribuir com sua visão e influência. A inovação, em si, não é uma novidade. O que vem mudando é a velocidade e o senso de urgência para sua condução, que ganhou prioridade. A mudança cultural foi apontada como o grande desafio e a diversidade de competências como um caminho de transformação mais eficiente do que a de características físicas dos profissionais. Trazer convidados "temáticos" para as reuniões de Conselho também foi apontado pelo grupo como uma forma de estimular outras visões.

Inês, Alvaro e Silvio debateram sobre a terceirização do risco e a importância de trazer a inovação das bordas para o centro das organizações, de forma a que possam oferecer melhores experiências para todos os stakeholders, não apenas mudanças cosméticas para clientes.

"O capitalismo social veio para ficar, mas o fluxo de caixa livre vem primeiro. Sem dinheiro não há como cuidar da sociedade.

Alguns clichês da inovação foram desconstruídos pelos debatedores. A máxima de que o erro deve ser permitido para que a inovação possa acontecer foi um deles. Os conselheiros acreditam que a inovação deva ser conduzida com responsabilidade, e que tudo deva ser testado e avaliado antes de ser implementado de forma definitiva, mesmo que isso aumente o custo da inovação. A matriz de probabilidade e impacto, considerando riscos tradicionais e emergentes e a reversibilidade (ou não) das implementações, formam o contexto de avaliação da inovação responsável.

Ao final do painel, a equipe do IBGC distribuiu um guia de boas práticas para inovação nas organizações (incluindo startups) e ressaltando o papel do Conselho em cada situação ou etapa, além de sugerir métricas de avaliação. A versão digital do documento pode ser acessada neste link.

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