A oportuníssima iniciativa da MindMiners, como parte de seu projeto Mind the Gap, explorou o conceito ainda estereotipado das famílias (no contexto publicitário) e os novos papeis do homem.
Para conversar sobre o assunto, a MindMiners reuniu 9 convidados, 3 moderadores e uma especialista, além de realizar uma pesquisa exclusiva.
Os highlights do encontro e da pesquisa podem ser acessados neste link.
O cenário é de transição.
Divórcios, maternidade adiada, casamentos homoafetivos, poliamor, relações abertas, produções independentes e novos arranjos de convivência vêm, gradativamente, alterando a definição de família. A família tradicional (pai, mãe e filhos) já representa menos da metade dos núcleos.
Desde o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, a divisão financeira, das tarefas de casa e dos cuidados dos filhos vêm se alterando. A crise econômica acelera essas mudanças.
Causas feministas, repúdio ao machismo, empoderamento da mulher e questões relacionadas ao assédio colocam em cheque os comportamentos tradicionalmente masculinos e femininos.
(a vídeo aula de Rodrigo Ferrari, Filósofo pós-graduado em Sociologia, em seu canal Platinho, dá uma ideia do tamanho da confusão)
A sociedade, polarizada, se divide entre ideias libertárias e a volta ao modelo tradicional.
A nova mulher questiona suas causas e o novo homem não sabe ao certo qual é o seu papel, e a percepção da 'realidade' é diferente para os polos do conflito de gêneros que se estabeleceu.
Num exemplo simples, a pesquisa aponta que 80% dos homens afirmam lavar a louça da casa, enquanto 40% das mulheres atestam que isso ainda não faz parte da realidade masculina. As proporções são semelhantes quando o assunto é arrumar a casa ou cuidar dos filhos. Mas essa discussão só cabe nas famílias com estrutura tradicional que, na indicação da MindMiners, representam algo em torno de 43% do universo de famílias.
A conclusão mais importante é a de que precisamos conversar sobre o assunto.
Como afirma a especialista Celia Klori:
"Cabe a nós não recuar ao confronto com o novo e a redirecionar nossas coordenadas de pensamento, para estar à altura das questões do nosso tempo."
Vale a pena ler a publicação na íntegra.